martes, 25 de abril de 2017

Ocupação humana na ilha timorense de Ataúro tem pelo menos 18 mil anos


Ilha de Ataúro ao fundo Miguel Madeira/Arquivo
 
Escavações arqueológicas em Timor-Leste permitiram descobrir gravuras de crocodilos e mamíferos marinhos.

Equipas de arqueólogos detectaram vestígios que comprovam a ocupação humana há pelo menos 18 mil anos na ilha timorense de Ataúro, a norte de Díli, com gravuras rupestres que podem datar de há cerca de 8000 anos.

As investigações foram conduzidas por uma equipa de arqueólogos franceses liderada por Jean-Christophe Galipaud (do Instituto de Investigação para o Desenvolvimento de França e do Museu de História Natural de Paris), que começou recentemente a publicar alguns dos resultados de estudos conduzidos nos últimos anos em vários pontos de Timor-Leste.

Jean-Christophe Galipaud, que começou a residir em Timor-Leste em 2013 – país que visitou pela primeira vez em 2011 –, é um arqueólogo que nos últimos 35 anos se especializou em trabalhos de investigação no Pacífico e no Sudeste Asiático. Depois de três anos de investigação, identificou quatro locais de grande significado arqueológico, dois na região de Balibó, próximo da fronteira com a Indonésia, e os outros dois na ilha de Ataúro, a cerca de 30 quilómetros a norte de Díli.

Em Arlo, no centro de Ataúro, o arqueólogo e a sua equipa encontraram vestígios importantes de aldeias habitadas entre há 2500 e 3000 anos. E em Atekru, na costa do Sudoeste da ilha, os investigadores encontraram vestígios de gravuras rupestres que podem datar de há cerca de 8000 anos. Na mesma gruta em Atekru, Jean-Christophe Galipaud diz ainda ter encontrado vestígios de ocupação humana de há mais de 18 mil anos, a datação mais antiga comprovada até hoje em Ataúro.Recorde-se que os estudos conduzidos [...] PÚBLICO

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